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os ‘carteiros’ do golo em Alvalade

Gyokeres, sem surpresa, pela influência e rendimento logo num ano de estreia, será coroado como o rei desta Liga em 2023/2024. Os impressionantes 41 golos apontados pelo sueco (em 48 jogos oficiais) justificam tal mediatismo e consenso entre os adeptos. Não só dos leões como de todos os rivais. Essa afirmação (e explosão) de Gyokeres acabou por retirar o protagonismo e brilhantismo de outras peças que estão identificados com as ideias de Rúben Amorim desde o primeiro dia de ambos em Alvalade: falamos de Pedro Gonçalves e Nuno Santos.

São eles os… carteiros do golo do leão. Os homens do último passe para o remate decisivo. Com cruzamentos bem medidos, passes de rotura, uma visão perfeita de todas as movimentações dos avançados.

Que chegam à quarta temporada de leão ao peito com números verdadeiramente expressivos no que respeita a assistências para golo. Com os melhores registos da carreira. Ambos somam 30 assistências para golo na presente temporada. 15 para cada um. Uma divisão perfeita para uma dupla intocável para Rúben Amorim. Que entende aquilo que o treinador pretende como poucos no plantel.

Curiosamente, ambos chegaram ao leão com papéis diferentes que atualmente desempenham. Pedro Gonçalves, de 25 anos, foi contratado para assumir uma posição no centro do terreno. Mas a apetência ofensiva fez com que se transformasse num dos avançados mais temíveis da Liga. E se na época de estreia, em 2020/2021, face à ausência de uma referência ofensiva, terminou como o goleador da Liga (23 golos e apenas três assistências) e foi coroado como um dos homens do título, nos últimos anos, apesar de nunca perder o sentido de baliza, destacou-se por aquilo que conseguia construir e oferecer aos avançados. Contas finais? 42 passes decisivos para golo! Conquistando um estatuto e uma importância inigualável no plantel durante este longo ciclo em Alvalade.

Nuno Santos, por sua vez, foi peça importante no trio ofensivo no ano do primeiro título de Amorim. Com o apoio de Tiago Tomás e… Pedro Gonçalves. Porém, com a saída de Nuno Mendes – numa transferência para o gigante PSG que rendeu cerca de €47 milhões aos cofres do leão -, Nuno Santos acabou por ser o escolhido da ala esquerda no 3x4x3 de Amorim.

 

Resultado da aposta? Tornou-se numa das transformações mais bem sucedidas da era Amorim. Um ala veloz, criativo, incisivo, que nunca perdeu o sentido de baliza. E que foi aprimorando qualidades na tarefa defensiva. Aos 29 anos, chegou ao ponto de maior rendimento de todo o percurso: 15 assistências. A juntar às outras 25 das três temporadas anteriores contabiliza… 40.

Com um pormenor em relação a Pedro Gonçalves: Nuno Santos tem muito menos minutos (3013) ao contrário de Pote que soma 3420 minutos. Menos utilização e um rendimento equiparado. Ele que raramente aparece nos jogos de maior exigência, mas que cumpre sempre que é chamado a entrar. Juntos, desde que vestem a camisola do leão, levam 82 assistências. Estão a larga distância de toda a concorrência exceto, claro está, Gyokeres, o homem golo que é bem mais do que isso, ou não fossem as suas 14 assistências aliadas aos 42 golos. Se o leão assinou uma das épocas mais concretizadoras da sua história (137 golos), muito deve a este tridente diabólico.

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