Mourinho volta a falar da arbitragem na Turquia e até recorda Eusébio
José Mourinho foi castigado pela Federação Turca de Futebol na sequência das declarações contra a arbitragem após a vitória frente ao Trabzonspor, para o campeonato. O técnico terá de pagar multa e ainda cumprir um jogo de suspensão por “comportamento antidesportivo”.
Ainda assim, Mourinho fez a antevisão ao duelo de domingo contra o Sivasspor e voltou a não ser meigo nas palavras. “Quero perceber a razão e o porquê de ter sido castigado. Fui exuberante nos festejos? É verdade. Queixei-me do árbitro e do VAR? Também é verdade. Mas não insultei ninguém, nem tive um comportamento agressivo. Se foi pelo meu festejo do golo, gostaria de lembrar que, quando era criança, um dos meus maiores ídolos, só atrás do meu pai, foi o Eusébio. E o Eusébio tinha uma celebração de golo icónica, mas que representava a alegria dele. Se os meus gestos significaram alguma ofensa para a cultura turca, tenho de aprender, mas não era essa a minha intenção. Fui suspenso por um jogo, tenho de aceitar e acreditar em quem vai estar no meu lugar no banco”, afirmou o português.
“Quando vim para cá, foi porque queria trabalhar neste campeonato e, acima de tudo, no Fenerbahçe. Foi prestigiante para mim e ficaria muito feliz se pudesse dizer que a melhor equipa é campeã e que os árbitros e o VAR são muito bons, mas a minha experiência diz-me que há coisas que têm de mudar no campeonato turco. Vejam que o Arda Guler foi para o Real Madrid, há alguns anos o Arda Turan jogou no Barcelona, o Kadioglu joga na Premier League e eu adoraria dizer que o vencedor do título desta época fê-lo de forma honesta e limpa”, prosseguiu.
O jogo europeu desta semana não correu bem ao Fenerbahçe, derrotado por 3-1 em casa do AZ Alkmaar, na quarta ronda da Liga Europa. “Foi a pior exibição da minha equipa desde que cheguei. Foi, de facto, mau, mas a equipa não recuperou do impacto do jogo com o Trabzonspor, tanto física como emocionalmente. Não estou a sacudir a minha responsabilidade, nunca o fiz na minha carreira, porque os treinadores são sempre responsáveis por exibições tão fracas”, comentou.