Nacional

Carolina e Ronaldo separados 18 anos depois

MARIENFELD — Dezoito anos separam as duas imagens que publicamos acima, ambas captadas em Marienfeld. Na mais antiga, datada de 2006, a pequena Carolina, então com um aninho de idade, está ao colo de Cristiano Ronaldo; na mais recente, a mesma Carolina, agora uma mulher de 19, surge sozinha.

 

Tudo porque o sonho de repetir o instante junto da estrela maior da constelação portuguesa se esfumou a 13 de junho, dia em que a Seleção Nacional aterrou na Alemanha para atacar o Euro-2024.

 

Após meses de preparação, o rancho das Lavradeiras de Gutersloh, do qual Carolina faz parte, estava já no interior do hotel Klosterpforte, quartel-general de Portugal, para uma atuação de boas-vindas a CR7, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, João Félix e companhia, quando, sem grandes explicações, a UEFA decidiu que o grupo folclórico teria de retirar-se do local, antes da entrada da comitiva.

 

«Estaria em causa a segurança dos elementos da Seleção. Foi a explicação que nos deram quando nos expulsaram do local. Estávamos todos trajados, prontos para atuar, como combinado. Ainda dançámos para a multidão que estava cá fora a aguardar, depois entrámos, ficámos à espera e, quando a Seleção estava mesmo quase a chegar, a UEFA disse-nos que não podíamos dançar», explica a jovem integrante do rancho de Gutersloh.

 

Carolina tinha apenas um ano naquele dia de 2006 quando Ronaldo a pegou ao colo. «Não me lembro, claro, mas a minha mãe conta muitas histórias dessa passagem da Seleção aqui por Marienfeld há 18 anos. E sobre esse dia, claro. Fomos ver a chegada de Portugal e a minha mãe passou-me por cima de um muro para poder fazer uma foto minha com o Cristiano. Depois, vimos o treino e visitámos a equipa no hotel», conta Carolina.

 

A concluir a conversa com A BOLA, um lamento e uma declaração: «Queria muito repetir aquela foto, mas sobretudo fazer de novo a foto que o rancho de 2006 fez com a equipa e com o treinador de 2006 [Scolari], agora com o novo [Martínez]. Foi pena. Mas sabemos que não foi culpa da Seleção; claro que continuo a amar a Seleção, que mostra ao mundo o que valemos como portugueses.»

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