Você é contra nós”: André Ventura confrontado por mulher cigana no Sabugal
André Ventura apela ao voto útil no Chega para derrotar o PS e o PSD nas autárquicas. O dia de campanha do partido fica marcado pelo momento em que André Ventura é confrontado por uma mulher cigana.
presidente do Chega, André Ventura, apelou esta quarta-feira ao voto útil, numa arruada em que foi interpelado por duas mulheres ciganas, que o acusaram de ser racista.
“Onde nós tivemos resultados muito perto do primeiro lugar, estamos a poder ganhar, o que nós podemos apelar é a que haja um voto útil no Chega. A direita, se não quer deixar o PS ganhar, concentre os votos no Chega”, afirmou.
O dia de campanha do líder do Chega arrancou no distrito da Guarda, em Sabugal, onde André Ventura acompanhou o candidato a presidente da câmara, Francisco Barros, numa arruada. Atualmente, esta câmara é liderada pelo PSD.
Nas últimas eleições legislativas, o Chega foi o segundo partido mais votado neste concelho, mas o líder do Chega disse acreditar que o partido conseguirá conquistar esta autarquia nas eleições de domingo.
Ventura confrontado por mulher cigana
À semelhança do que tem acontecido um pouco por todo o país, o líder do Chega foi abordado por apoiantes, que o queriam cumprimentar e pedir-lhe uma fotografia ou um autógrafo e deixavam palavras de apoio e força.
Não foi o caso de Maria, uma mulher cigana, que à passagem da caravana do Chega gritava “racista”, acompanhada pela mãe, Antónia, e mais uma mulher
A gente trabalha. Os mercados sem os ciganos não são nada, a gente trabalha desde as quatro da manhã até às cinco da tarde, e pagamos os nossos impostos”, assinalou Maria, salientando: “nós somos portugueses”. Ventura retorquiu que “isso não acontece em grande parte do país”.
“Você era o rei de Portugal, você ganhava as eleições com os votos todos dos ciganos, mas não quer”, disse Maria. “Eu quero que todos cumpram regras neste país, não quero ser o rei de nada”, respondeu o líder do Chega.
Aos jornalistas, Maria disse que no Sabugal “ninguém gosta” de Ventura: “Somos todos PSD. Aqui não ganha, quem ganha é o PSD”, afirmou.
Líder do Chega fez paragem em igreja do Sabugal
Após este episódio, o presidente do Chega disse aos jornalistas que a troca de argumentos pode acontecer, desde que haja “respeito mútuo”: “Não haver agressões, não haver ataques, haver diálogo”, defendeu.
Antes, André Ventura, que disse ter uma “ligação religiosa” a Sabugal, fez uma paragem numa igreja que se encontrava no percurso da arruada. No final, disse aos jornalistas que foi “agradecer a saúde e a força” que tem “tido para esta campanha”, uma vez que a “última não correu muito bem”.






