Treinador do AC Milan elogia a inteligência dos reforços: treinaram uma vês juntos

Sérgio Conceição estava naturalmente satisfeito pelo apuramento do AC Milan para as meias-finais da Taça de Itália (após vitória por 3-1 sobre a Roma), ainda que a exibição não tenha sido na totalidade do agrado do técnico português dos rossoneri. Na análise ao jogo, Conceição falou ainda de João Félix e do seu golo, mas também sobre Rafael Leão.
“Estamos a tentar passar à equipa aquilo que pretendemos, mas tivemos apenas uma sessão de treino para preparar este jogo e não nos podemos dar ao luxo de trabalhar nos detalhes do jogo no treino, pois jogamos a cada três dias. Mesmo assim, os jogadores aceitaram o que pedimos, são inteligentes e eu hoje estou feliz, especialmente pelo segundo golo, que surgiu após uma rápida recuperação de bola no meio campo. É algo em que temos trabalhado e isso deixa-me satisfeito”, começou por dizer à Sport Mediaset o técnico português, que enalteceu ainda a ligação imediata entre João Félix e o Santiago Giménez, patente num golo que gerou uma reação curiosa.
“Estava preocupado que fosse fora de jogo! Foi um golo bonito, deu-nos uma vitória e colocou-nos nas meias-finais. Temos agora mais três jogos nesta competição. Ainda assim, agora temos de trabalhar para o próximo jogo, com o Empoli, uma equipa que gosto de ver jogar, mesmo que os últimos jogos não tenham sido fantásticos”, advertiu.
De resto, quando questionado se já via o Milan à imagem do que pretende, Conceição assumiu que está ainda longe. “Ainda não vejo as semelhanças com o FC Porto, mas estamos a trabalhar para sermos mais compactos e agressivos, para não permitir ao adversário entrar no nosso último terço. Ainda não estamos lá, mas com os jogadores que chegaram e as suas características, estou seguro que iremos no caminho do futebol que gosto.”
Por fim, voltando aos portugueses, o técnico falou de Rafael Leão, que esta noite apenas entrou para os últimos minutos, por estar ainda a recuperar os índices físicos após uma lesão, e assumiu esperar “muito mais” da sua parte. “Pois tem uma qualidade e características incríveis, mas tem de perceber que a bola no pé é importante, mas também é importante trabalhar sem ela. Tem de entender que faz parte de uma equipa, parte do coletivo e tem de trabalhar em todos os momentos para a equipa. Entendo que não seja fácil para ele sair da zona de conforto, fazer o trabalho que as pessoas não prestam muita atenção, mas isso é essencial para mim. Pode tornar-se um jogador de outro nível se aceitar as coisas que temos falado e que temos trabalhado com ele todos os dias”.