PEPE REVOLTADO COM CASTIGO NO CLÁSSICO
Pepe emitiu um comunicado para expressar a sua revolta por ter sido suspenso por 23 dias e multado em 2.870 euros na sequência dos incidentes no clássico entre o FC Porto e o Sporting, que decorreu a 11 de fevereiro.
O defesa, refira-se, foi o único dos envolvidos no processo que, quando chamado a responder, não admitiu culpa nos lances em causa, ao contrário do que sucedeu com Bruno Tabata e Matheus Reis, ambos do Sporting, cujo recurso dos respetivos castigos poderá, por isso, seguir para o Pleno do Conselho de Disciplina.
Pepe terá pela frente 23 dias de suspensão (já cumpriu 14 de suspensão preventiva), além de multa de 2.870 euros (castigo idêntico ao aplicado a Bruno Tabata), mas apenas poderá apresentar recurso ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).
Eis o comunicado de Pepe:
«A honra, a dignidade e a retidão do carácter são três dos valores que mais prezo na vida, seja em que circunstância for. E é em defesa destes pilares que não tenho outra alternativa que não seja repudiar veementemente o castigo que me foi aplicado pelo Conselho de Disciplina da FPF.
O meu lamento é tanto maior quanto a minha convicção de que a verdade dos factos iria acabar por prevalecer. Desde 11 de Fevereiro que me mantive sempre muito tranquilo, por saber que não eram verdadeiros os factos que me foram imputados, mas hoje fui condenado a 23 dias de suspensão após um processo em que fui ouvido no dia 7 de Março e em julgamento a 12 de Abril, na Cidade do Futebol.
Sou atleta profissional há mais de 23 anos. Neste meu percurso já errei inúmeras vezes (não o escondo), mas também ninguém pode acusar-me de não ter reconhecido sempre os meus erros, assumindo as consequências dos meus atos, quer como atleta quer como homem. Quem se cruza ou cruzou comigo sabe-o bem.
A palavra de uns não pode ter um peso diferente da minha palavra, a presunção de inocência de uns não pode ter um peso diferente da minha. A honra, a dignidade e a retidão de carácter que tanto prezo impele-me a repudiar, a lamentar e a insurgir-me contra um castigo que me foi aplicado por algo que não fiz. Repito, que não fiz. E a sensação de injustiça é, hoje e sempre, o pior dos sentimentos.»