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Os milhões que estão em jogo para o Benfica na Champions

O prestígio do Benfica está sempre em jogo, mas raramente os encarnados terão jogado para tanto dinheiro. No encontro com o Mónaco, da próxima terça-feira, estarão em causa 11 milhões de euros, o prémio que a UEFA definiu para recompensar os clubes que atinjam os oitavos de final da UEFA Champions League da presente temporada.

Depois da vitória em Monte Carlo, por 1-0, com golo de Vangelis Pavlidis, na primeira mão do play-off, os encarnados ficaram bem posicionados para seguir em frente na competição e continuar a arrecadar milhões.

Nesta temporada, as águias ultrapassaram já os €60 milhões em prémios da UEFA. Cada equipa participante na fase de Liga da UEFA Champions League recebeu €18,62 M; depois, pelo Market pool, que envolve valores relacionados com direitos televisivos, €15,9 milhões, acrescentando-se ainda €8,65 milhões pelo coeficiente dos últimos dez anos; em relação aos prémios por performance, 13 pontos na fase de liga valem €9,1 milhões (quatro triunfos a €2,1 M e um empate a €700 mil); o bónus por classificação atinge os €7,17 M, englobando várias parcelas: UEFA dá 275 mil euros ao 36.º, 550 ao 35.ª e assim sucessivamente, sendo que as águias ficaram no 16.º lugar.

Há ainda que contar com a divisão do valor correspondente aos jogos que terminaram empatados (por cada igualdade houve 700 mil euros que não foram pagos diretamente aos clubes) e, finalmente, um milhão de euros por ter conseguido posição entre o 9.º e o 16.º lugar. Os oito primeiros receberam automaticamente €2 milhões; o Benfica encaixa ainda outro milhão de euros pela presença no play-off de acesso aos oitavos de final.

No total, de acordo com os prémios anunciados pela UEFA e ainda com os números da Football Meets Data, plataforma de estatística do futebol reconhecida pelo seu rigor nestas matérias, está já em causa um valor de €60,435 milhões.

O Benfica aproxima-se, pois, do recorde de receitas europeias numa só temporada obtido em 2022/23, quando Roger Schmidt conduziu os encarnados aos quartos de final da Liga dos Campeões, caindo então nos quartos de final e por responsabilidade do Inter. Nessa época, e de acordo com o valor do relatório e contas do Benfica respeitante ao exercício 2022/23, entraram nos cofres, em prémios da UEFA, €74,3 milhões.

O Benfica pode, pois, juntar mais 11 milhões de euros aos €60, 4 M já averbados, ultrapassando a fasquia dos 70 milhões de euros (€71, 4 M), mas para vencer os números da época do alemão, Bruno Lage, treinador dos encarnados, ainda terá de guiar a equipa até aos quartos de final da competição. Então, receberia mais €12,5 milhões.

A separar o Benfica destes números estão, no entanto, obstáculos que não podem ser desprezados: se passar o Mónaco, as águias vão defrontar Barcelona ou Liverpool, dois dos ossos mais duros de roer de toda a competição.

Os milhões já referidos representam não apenas a possibilidade de continuar a ser competitivo, como também parte significativa do saneamento das contas do Benfica, que já andaram no vermelho na era Rui Costa.

O valor dos oitavos de final, 11 milhões de euros, permite pagar praticamente o investimento feito em Manu Silva (12 milhões de euros). E o Benfica vai contar com novos encaixes importantes no Mundial de Clubes, mas a FIFA não divulgou ainda os valores.

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