O “decisivo” Di María e os rumores em torno do Bayern
Benfica defronta Farense no fecho da 30.ª jornada da Liga Betclic (amanhã, às 20H15)
Roger Schmidt fez este domingo a antevisão ao jogo com o
Farense, partida que encerra amanhã, no Algarve, a 30.ª
jornada da Liga Betclic (20H15).
Depois do Marselha como está a equipa? “Claro que todos ficámos desapontados depois do jogo, queríamos avançar para as meias-finais, queríamos fazer algo especial na Liga Europa, mas o jogo terminou com penáltis. Os jogadores precisaram de dois dias para lidar com a situação. Há que olhar em frente, aceitar o resultado de quinta-feira e manter o foco na Liga a um nível elevado. Os jogadores estão concentrados e preparados para o Farense”.
Difícil para o Benfica ganhar o campeonato. Se não vencer, consegue garantir que vai continuar na próxima temporada? “Muito provavelmente não seremos campeões esta época mas não vamos desistir nem cruzar os braços. O Sporting está a jogar de forma consistente, perdemos alguns pontos, por isso têm um avanço de 7 pontos, é uma grande vantagem, mas nada está decidido. Temos de fazer nosso papel, vencer os próximos 5 jogos para termos uma hipótese no campoenato. Sobre a 2.ª questão… Quando assinei o contrato com o Benfica foi para fazer o meu trabalho da melhor forma possivel. O clube é exigente, quer sempre vencer títulos, tentei fazê-lo. Mas perdemos jogos decisivos ao longo do caminho, na Taça da Liga, Taça de
Portugal e agora também Liga Europa. Claro que estou
desapontado, mas como treinador tenho de ter a
capacidade de analisar o nosso comportamento em campo,
a motivação, desempenho. E mostrámos uma boa atitude,
criámos oportunidades. Quando analisamos a época,
esforçámo-nos em todos os jogos mas nem sempre fomos
eficazes. Infelizmente não conseguimos vencer mais títulos
do que a Supertaça, mas creio que tivemos um bom
desempenho, houve jogos muito equilibrados, mas não
ganhámos todos. Vejo uma equipa com um bom espírito no
relvado, que tem potencial para continuar em
desenvolvimento. Percebo a desilusão, mas vejo o
desenvolvimento dos jogadores, dos jovens da academia.
Sei que as perspetivas da equipa são muito boas e cabe-nos
a nós tomar as melhores decisões para a próxima época e
estarmos preparados para vencer títulos. O futebol é isso,
há momentos de desilusão e no ano passado fomos
campeões. Tivemos jogadores novos e precisamos de tempo
para desenvolver a equipa, mas a perspetiva geral da
equipa é muito boa”.
Benfica mostrou irregularidade ao logo da época. O que
falhou? “Já falei na falta de regularidade. Podemos falar
no campeonato, perdemos 4 pontos em casa, um deles com
o Casa Pia, isso é um bom exemplo do que aconteceu esta
época. Temos de vencer os jogos em casa. Agora o Sporting
tem uma vantagem de 7 pontos e se tivéssemos ganho em
casa a situação seria diferente. Tenho de considerar tudo
isto e claro que temos de ser melhores. Tento desenvolver os
jogadores, acho que até criámos mais oportunidades na
liga, a estatística diz isso, mas temos de tirar ilações desta
época. Temos de melhorar”.
Benfica ganhou muitos jogos com Di María, fez golos, mas a
qualidade coletiva da equipa não cai quando ele está em
campo apesar de ele até poder resolver alguns jogos? “É
bom que consigamos vencer jogos sem o Di María, mas
trata-se de um jogador decisivo, contribui com
assistências, marca golos, está envolvido em movimentos
atacantes… Não tenho dúvida sobre as exibições do Di
Maria, está sempre em boa forma física, julgo que é um dos
que jogou mais jogos. É alguém com um potencial tremendo
para marcar golos. A equipa depende da qualidade
individual dos seus jogadores, ele é muitas vezes
importante na criação de linhas de passe. Estou muito
satisfeito com o seu desempenho em campo e analiso-o de
forma positiva”.
Lothar Matthäus apontou-o ao Bayern Munique. Seria um
objetivo para si voltar a casa e treinar um clube desta
dimensão? “Para mim é um orgulho ser treinador do
Benfica. Acho que as minhas palavras foram claras quando
assinei o novo contrato com o Benfica, sabia o que estava a
fazer, não mudei de ideias. Dei o meu melhor, com todos os
elementos do clube, incluindo o presidente, os diretores e
todos os que me ajudaram no Seixal. Fazer parte do Benfica é fantástico, mas também é exigente, temos de apresentar resultados.