Nuno Figueiredo é o novo diretor técnico da formação do Sporting
O Sporting anunciou esta quarta-feira o nome do novo diretor técnico do futebol de formação: Nuno Figueiredo, de 41 anos, é o escolhido para suceder a João Couto.
Formado em Educação Física, com especialização em treino de futebol, Nuno Figueiredo está ligado à formação do clube há 19 anos, quer como treinador, quer na área de coordenação de projetos desportivos e outras funções.
“Comecei há muitos anos como treinador estagiário no Polo EUL e chego agora a este patamar. O reconhecimento vem da lógica que já está montada no clube. Quem toma decisões tem a consciência de que o mais importante de tudo são as pessoas, os recursos humanos que trabalham com o jogador. Sem isso, dificilmente vamos ter sucesso”, disse o novo responsável, em declarações à Sporting TV.
Nuno Figueiredo assume entre outras “a responsabilidade de continuar a alimentar a equipa principal”.
“Podemos trabalhar muito bem na formação e ter boas equipas, mas se a equipa principal não estiver bem e sustentada temos um bom problema. Se estiver bem, com um projeto de crescimento e de valorização do jogador da formação, é muito bom para nós”, analisa, prometendo igualmente “manter uma identidade formativa, continuar a potenciar e ser uma referência internacional na formação, desenvolver o modelo centrado no jogador, modernizar e dar uma evolução ao que foi bem feito no passado”.
“Tem um peso muito grande, mas não fica centrado em mim, uma vez que a chave disto tudo são os jogadores. É fundamental termos os melhores connosco para os podermos potenciar. O meu trabalho vai ser alinhar e articular os coordenadores com as equipas técnicas para construir o que queremos que seja a nossa identidade”, acrescenta Nuno Figueiredo, que assinou contrato na presença de Tomaz Morais e Paulo Gomes, codiretores gerais da Academia Cristiano Ronaldo.
Preparado para “a herança pesada de dar continuidade ao trabalho desenvolvido por João Couto e pelos anteriores coordenadores técnicos”, Nuno Figueiredo promete “olhar para os processos, modernizá-los e utilizar cada vez mais as novas tecnologias para o crescimento dos jogadores.” “Cada vez mais, as novas gerações precisam de outros estímulos e desafios. As práticas do passado são válidas e boas e queremos entender de que forma é que as podemos aproveitar para as novas gerações. Queremos, na mesma, ter jogadores tecnicamente eficazes e preparados para o alto rendimento com carácter e valores. O importante é que tenham as ferramentas para serem profissionais no alto rendimento”, sublinha.
“Nos últimos anos, temos alimentado cada vez mais a equipa principal e a equipa B, o que nos obriga a acelerar este processo. No dia-a-dia, olhamos para aquilo que o jogador precisa. Por vezes, temos de ter a capacidade de voltar atrás e o jogador também tem de entender isso porque o crescimento precisa de ser sustentado. As experiências competitivas em patamares mais baixos também são ricas para o crescimento deles”, referiu ainda, consciente de “que se um jogador precisa de ser acelerado e estimulado noutro patamar para ganhar outras competências isso tem de acontecer, mas não pode ser sempre”.
A época que agora começa trará mais desafios. “Vamos ter dois contextos muito importante para o futebol de formação. A UEFA Youth League, onde queremos ter uma boa prestação porque é um espaço de desenvolvimento dos jogadores totalmente diferente e porque é uma montra do nosso trabalho. Temos também a Premier League International Cup, outro espaço de desenvolvimento. Queremos continuar a ter torneios para as equipas de formação. As competições federadas também são importantes enquanto espaços de desenvolvimento. Queremos ganhar, mas se não ganharmos temos de entender porquê e aprendermos com esses processos”, projeta.