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Notas do Famalicão-Sporting: Gyokeres tem ‘Fama’ e partilha o ‘proveito’

Nove em nove. O Sporting está imparável na I Liga e, este sábado, triunfou na deslocação ao reduto do Famalicão (0-3), permitindo cimentar a liderança, na luta pelo bicampeonato, esperando agora pelo que vão fazer os rivais FC Porto e Benfica.

Costuma-se dizer que “uns têm a fama e outros o proveito”, mas no clube de Alvalade a narrativa parece ser outra, uma vez que Viktor Gyokeres, com toda a ‘Fama’ que conquistou, ainda partilhou o ‘proveito’ com os colegas Geovany Quenda e Gonçalo Inácio, numa história que acabou por ser feliz fruto de um segundo tempo glorioso.

Antes disso, a primeira parte já havia sido em peripécias, com o VAR a anular um golo ao regressado Pedro Gonçalves, seguindo-se um tento anulado a Óscar Aranda, na outra baliza. Para além disso, Gustavo Sá e Nuno Santos saíram de maca por lesão e preocuparam Armando Evangelista e Rúben Amorim, respetivamente.

Depois lá veio a segunda metade, com os verdadeiros golos a dar cor ao marcador, sendo que o primeiro pertenceu ao inevitável Viktor Gyokeres, aos 57 minutos, na sequência de um passe de Morita e de um belo trabalho individual dentro da área. Já lá vão 12 golos em nove jornadas.

A seguir veio, lá está, a estreia a marcar de Geovany Quenda na I Liga (63′) – com direito a um recorde a envolver Cristiano Ronaldo e Simão Sabrosa – e ainda o tento sentenciador de Gonçalo Inácio (87′), seguindo-se agora três jogos para o Sporting em Alvalade, em diferentes competições, frente a Nacional, Estrela da Amadora e… Manchester City. Para já, ficam 27 pontos em 27 possíveis, com 30 golos marcados e dois sofridos, enquanto o Famalicão segue no oitavo lugar, com 13 pontos.

Vamos então às notas da partida:

Figura

Geovany Quenda voltou a ser titular num jogo da I Liga, mais de um mês depois da última vez (no triunfo frente ao AVS, por 3-0), acabando por ser, no entender de muitos, uma das surpresas de Rúben Amorim, sendo que os 70 minutos em que esteve em campo revelaram ser altamente impactantes. O ala português tentou o golo por três ocasiões e acabou por alcançá-lo na fase mais importante do jogo (63′), pouco depois do tento inaugural de Viktor Gyokeres.

Surpresa

A entrada de Geny Catamo no regresso dos balneários não estaria nos planos de Rúben Amorim, uma vez que tal aconteceu na sequência da saída de Nuno Santos, de maca, por lesão, nos últimos instantes do segundo tempo. Ainda assim, o moçambicano esteve perfeitamente à altura do desafio e deu uma outra dinâmica ao ataque leonino, com incursões dignas de registo pelo corredor esquerdo, para além da assistência para o golo sentenciador de Gonçalo Inácio, aos 87 minutos.

Desilusão

Rochinha foi uma das unidades mais desaparecidas do jogo ofensivo do Famalicão. No reencontro com a antiga equipa, o avançado português lutou e ganhou alguns duelos, mas não teve uma única oportunidade de golo, algo que em nada condiz com aquilo a que já habituou os adeptos minhotos (e não só). Não foi de admirar, por isso, que tenha sido rendido por Mario González, sensivelmente a meio do segundo tempo, quando a sua equipa procurava reduzir a desvantagem.

Treinadores

Armando Evangelista fez quatro mexidas no onze e, pela cabeça, terá passado certamente a ideia de conseguir travar novamente um ‘grande’, à semelhança do que havia feito frente ao Benfica (2-0) na ronda inaugural, mas ficou muito longe de almejar tal cenário. O conjunto minhoto nunca conseguiu superiorizar-se ao Sporting e acabou o jogo com apenas um remate enquadrado com a baliza, tendo permitido 30 remates na sua baliza, num encontro em que as substituições só apareceram depois… dos golos.

Rúben Amorim também procedeu a quatro alterações, mas o filme foi o mesmo de sempre. Um Sporting dominador, com as melhores oportunidades e sempre mais perto de festejar do que conceder festejos. Aliás, este foi mais um teste à paciência, uma vez que a bola teimava em não entrar na primeira parte e foi preciso esperar pelo segundo tempo para que aparecessem os três golos do triunfo leonino, entre substituições que tiveram tanto de ‘forçadas’, como de estratégicas.

Árbitro

Fábio Veríssimo protagonizou uma arbitragem segura e sem casos propriamente polémicos, ainda que, logo nos primeiros minutos, tenha aguardado por um alerta do VAR para invalidar o golo de Pedro Gonçalves, devido a fora de jogo. De resto, o árbitro da AF Leiria mostrou apenas um cartão amarelo para cada lado.

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