Hjulmand tem revisão contratual em vista
Está definido: Morten Hjulmand é o novo capitão do Sporting, prémio pelo fato de líder que vestiu na época passada. Mas o médio de 24 anos deve ter mais um prémio no decorrer da nova temporada: uma revisão contratual que o equipare ao estatuto entretanto alcançado, aumento salarial sem descartar também de anos de ligação ao clube.
Em ano de título, muito se falou da influência de Gyokeres, pelos 43 golos que marcou em 50 jogos, 29 apenas no campeonato. Mas influência enorme, dentro e fora de campo, pela dinâmica que ofereceu ao miolo e pela liderança e personalidade que evidenciou, teve Hjulmand. A promoção à estrutura de capitães de equipa era esperada, a subida ao 1.º lugar da hierarquia é antecipada com a saída de Sebastián Coates para o Nacional, do Uruguai. O dinamarquês vê assim mais cedo reconhecido o estatuto que conquistou na época de estreia no emblema de Alvalade e durante a temporada 2024/2025 deverá ver também o contrato ser revisto em alta, melhoria salarial e possibilidade de acrescentar mais um ano ao vínculo, até 2029. A cláusula de rescisão, essa, já é de 80 milhões de euros, só superada pelos 100 milhões de Gyokeres.
Hjulmand chegou a Alvalade já no final do mercado de verão do ano passado, oriundo do Lecce, da italiana Serie A. Custou 18 milhões de euros, a segunda maior contratação da história do Sporting, atrás, outra vez, do sueco, que custou 20 milhões e foi transferido do Coventry, de Inglaterra. Mas o médio está a justificar cada cêntimo investido, tanto que está debaixo de olho de clubes em Inglaterra e Espanha — Manchester United e Barcelona, por exemplo, já foram apontados ao leão — mas que já sabem que nesta janela do mercado o dinamarquês só sai para emblema que bata o valor da cláusula.
Desde que chegou a Alvalade, Hjulmand viu o seu valor de mercado subir em flecha, dos 15 milhões de euros para os atuais 40 milhões, segundo o site especializado Transfermarkt. Ou seja, uma valorização de 266,6 por cento. O que faz adivinhar que o retorno financeiro para os leões seja enorme com o dinamarquês. Mas a administração dos verdes e brancos vai fazer força para isso não acontecer ainda esta época, tal a importância que o médio tem para o treinador Rúben Amorim.
Daí também o prémio que vai receber no futuro, daí o reconhecimento para chegar a capitão de equipa, numa estrutura que, depois das saídas de Coates e antes Adán e Neto fica completa com Daniel Bragança e Gonçalo Inácio.
Fator Gonçalo Inácio na estrutura e no mercado…
Entre a estrutura de capitães e a titularidade no lado esquerdo do trio de centrais do Sporting, Gonçalo Inácio está em destaque no plantel do Sporting. Mas o seu futuro não está garantido que seja em Alvalade, porque está a ser alvo de assédio neste mercado, com o Manchester United a posicionar-se para poder avançar com proposta — terá sempre de ter em conta a cláusula de rescisão de 60 milhões de euros inscrita no contrato do defesa-central de 22 anos, que é de 60 milhões de euros, oferta mais baixa para ser equacionada pela SAD sportinguista terá de não baixar muito dos 50 milhões, incluindo objetivos concretizáveis para se chegar aos 60, ou seja, apenas adiando no tempo a chegada a esse patamar.
E uma saída do internacional português, que está de férias após participar no Campeonato da Europa — 117 minutos em dois jogos, entrou aos 63’ com a Chéquia (2-1) e foi titular com a Geórgia (0-2) na fase de grupos —, obrigaria a muitas alterações de planos. Desde logo com o avançar no mercado para colmatar a vaga deixa em aberto no lado esquerdo do trio defensivo; depois também a necessidade de encontrar novo terceiro elemento da estrutura de capitães, agora constituída pelo central e por Daniel Bragança atrás de Morten Hjulmand.
Usar a braçadeira de capitão no braço esquerda é novidade para o dinamarquês mas não para Inácio e Bragança, sempre nas ausências dos três capitães do ano passado: o central usou-a, de início, por uma ocasião, com a Atalanta em Itália, 1-2 na segunda mão dos oitavos da Liga Europa (Bragança estava no banco). O médio por quatro vezes na condição de titular, sempre com Inácio ausente da ficha de jogo ou com o defesa a começar no banco.