Há cinco anos o Sporting fez o mesmo ao Braga – agora Ruben Amorim vai para um cemitério de treinadores
Quase que se pode dizer que há uma malapata da cidade de Manchester contra o Sporting. Os dois maiores clubes da cidade não terão certamente combinado, mas no espaço de poucos dias desferiram dois grandes golpes na estrutura do Sporting.
Depois de ter sido anunciado que Hugo Viana será, a partir da próxima época, o diretor desportivo do Manchester City, a bomba maior chegou esta terça-feira: o Manchester United entrou em contacto com o Sporting e informou o clube de Alvalade de que está disposto a pagar a cláusula de rescisão de Ruben Amorim, treinador que está na quinta época à frente dos leões, tendo conquistado dois campeonatos, um dos quais colocou fim a uma seca de 18 anos.
Nuno Farinha, comentador da CNN Portugal, lembra que há ainda prazos a serem cumpridos, avançando que Ruben Amorim estará no banco do Sporting contra o Estrela da Amadora, na próxima jornada da Liga, num jogo que pode marcar a despedida do técnico.
“Pelo menos o jogo de sexta-feira será ainda com Ruben Amorim sentado no banco de suplentes”, aponta.
Quer isto dizer que, apesar de pagar os 10 milhões de euros respetivos à cláusula, o Manchester United não leva de imediato o treinador, que em Inglaterra vai encontrar Bruno Fernandes e Diogo Dalot.
Fica até sexta, mas não fica até ao fim da época, interrompendo de forma brutal um desafio que o mesmo anunciou aquando dos festejos do título em maio passado. Uma ideia que vincou ainda esta segunda-feira, quando tudo parecia calmo e se falava apenas no jogo contra o Nacional, a contar para a Taça da Liga.
“Queremos ganhar [o bicampeonato] por tudo. Pelos nossos adeptos, pelo clube, pela importância que tem, porque há 70 anos que não se ganha um bicampeonato, mas, obviamente, nós queremos dar essa alegria ao Nuno Santos”, afirmou. E o Sporting pode bem ganhar esse bicampeonato, o nome de Ruben Amorim figurará sempre na conquista, mas não será ele a levantar a taça com os jogadores.
A grande questão vai bem para lá de Ruben Amorim. É que, lá está, vai também sair Hugo Viana. E agora, como fica Viktor Gyökeres, por exemplo?
Augusto Inácio, confesso adepto do Sporting e o último treinador português a ser campeão em Alvalade antes de Ruben Amorim, admite que os sportinguistas podem ficar tristes, mas não surpreendidos.
“Os adeptos do Sporting não podem ficar surpreendidos. Basta lembrar que há cinco anos o Sporting fez o mesmo ao Sporting de Braga. Isto acontece no futebol”, recorda, em declarações à CNN Portugal, sublinhando o início de Ruben Amorim ao leme dos verde e brancos.
Independentemente da saída e da tristeza e desconfiança que a mesma possa gerar, Augusto Inácio acredita que os adeptos vão ficar sempre agradecidos ao ainda técnico leonino.
Maniche afirma que esta é uma notícia que “cai que nem um terramoto em Alvalade”, colocando em causa, não apenas a época, mas todo um planeamento.
O antigo internacional português, que também passou pelo Sporting, lembra que cláusulas de rescisão como a que Ruben Amorim tem são altamente apetecíveis a clubes como o Manchester United, que contrata ao desbarato e muitas veze sem nexo.
Quase que se pode dizer que há uma malapata da cidade de Manchester contra o Sporting. Os dois maiores clubes da cidade não terão certamente combinado, mas no espaço de poucos dias desferiram dois grandes golpes na estrutura do Sporting.
Depois de ter sido anunciado que Hugo Viana será, a partir da próxima época, o diretor desportivo do Manchester City, a bomba maior chegou esta terça-feira: o Manchester United entrou em contacto com o Sporting e informou o clube de Alvalade de que está disposto a pagar a cláusula de rescisão de Ruben Amorim, treinador que está na quinta época à frente dos leões, tendo conquistado dois campeonatos, um dos quais colocou fim a uma seca de 18 anos.
Nuno Farinha, comentador da CNN Portugal, lembra que há ainda prazos a serem cumpridos, avançando que Ruben Amorim estará no banco do Sporting contra o Estrela da Amadora, na próxima jornada da Liga, num jogo que pode marcar a despedida do técnico.
“Pelo menos o jogo de sexta-feira será ainda com Ruben Amorim sentado no banco de suplentes”, aponta.
Quer isto dizer que, apesar de pagar os 10 milhões de euros respetivos à cláusula, o Manchester United não leva de imediato o treinador, que em Inglaterra vai encontrar Bruno Fernandes e Diogo Dalot.
Fica até sexta, mas não fica até ao fim da época, interrompendo de forma brutal um desafio que o mesmo anunciou aquando dos festejos do título em maio passado. Uma ideia que vincou ainda esta segunda-feira, quando tudo parecia calmo e se falava apenas no jogo contra o Nacional, a contar para a Taça da Liga.
“Queremos ganhar [o bicampeonato] por tudo. Pelos nossos adeptos, pelo clube, pela importância que tem, porque há 70 anos que não se ganha um bicampeonato, mas, obviamente, nós queremos dar essa alegria ao Nuno Santos”, afirmou. E o Sporting pode bem ganhar esse bicampeonato, o nome de Ruben Amorim figurará sempre na conquista, mas não será ele a levantar a taça com os jogadores.
A grande questão vai bem para lá de Ruben Amorim. É que, lá está, vai também sair Hugo Viana. E agora, como fica Viktor Gyökeres, por exemplo?
Augusto Inácio, confesso adepto do Sporting e o último treinador português a ser campeão em Alvalade antes de Ruben Amorim, admite que os sportinguistas podem ficar tristes, mas não surpreendidos.
“Os adeptos do Sporting não podem ficar surpreendidos. Basta lembrar que há cinco anos o Sporting fez o mesmo ao Sporting de Braga. Isto acontece no futebol”, recorda, em declarações à CNN Portugal, sublinhando o início de Ruben Amorim ao leme dos verde e brancos.
Independentemente da saída e da tristeza e desconfiança que a mesma possa gerar, Augusto Inácio acredita que os adeptos vão ficar sempre agradecidos ao ainda técnico leonino.
Maniche afirma que esta é uma notícia que “cai que nem um terramoto em Alvalade”, colocando em causa, não apenas a época, mas todo um planeamento.
O antigo internacional português, que também passou pelo Sporting, lembra que cláusulas de rescisão como a que Ruben Amorim tem são altamente apetecíveis a clubes como o Manchester United, que contrata ao desbarato e muitas veze sem nexo.
Sobre a saída e a forma como pode ser vista, Maniche recorda que o Sporting deve muito ao treinador, e não apenas a nível desportivo. “O Sporting era um clube financeiramente aquém daquilo que é hoje”, aponta o comentador da CNN Portugal.
Com efeito, dificilmente conseguiríamos ver o Sporting fazer contratações como as de Hjulmand, Debast, Harder ou Gyökeres há cinco anos.
“Existe, e os adeptos têm de compreender, uma oportunidade que pode não passar mais de uma vez”, acrescenta Maniche, reconhecendo uma ligação forte com “um treinador que tem dado tudo ao Sporting”, pelo que merece “sair pela porta grande”, mesmo que o timing seja altamente abrupto.
Que futuro, Amorim?
David Moyes, Louis van Gaal, José Mourinho, Ole Gunnar Solskjaer, Ralf Rangnick ou Erik ten Hag. Experientes ou não, de dimensão ou não, todos os que vieram a seguir a Alex Ferguson tiveram problemas.
É por isso que Old Trafford se transformou num “cemitério de treinadores”, na ótica de Maniche, que assume este como um passo arriscado do treinador do Sporting.
“O Manchester United já teve bastantes treinadores, muitos deles bastante experientes, e só Mourinho é que conseguiu vencer. É um clube muito complicado em termos estruturais e organizacionais”, continua, levantando dúvidas sobre as condições e o projeto do clube.
“Esta contratação leva-me a crer que Ruben Amorim sabe o que quer, tem um projeto em mente. Conseguiu isso no Sporting”, frisa o ex-internacional português, ainda que a dimensão seja naturalmente diferente.
Um novo capítulo
Com Ruben Amorim de fora, é noutro antigo internacional português que recai a aposta de Frederico Varandas. João Pereira, que iniciou a época como treinador da equipa B, sobe para o patamar mais alto do Sporting.
A hipótese até poderá ter sido apontada pelo próprio Ruben Amorim. Se não diretamente, pelo menos em jeito de dica pública. É que em abril, ainda o Sporting fazia o sprint final para o título, e na antevisão da deslocação a Barcelos, para jogar com o Gil Vicente, foi perguntado ao treinador se tinha pedido técnicas a João Pereira, então nos sub-23 do Sporting.
“Não. Primeiro é preciso ter cuidado com o João Pereira, que ainda fica com o meu lugar, portanto máxima distância”, atirou Ruben Amorim, na altura em jeito de brincadeira, mas levantando um eventual presságio que estará para se confirmar.