FC Porto

Francisco J. Marques acusa Sporting de “doping financeiro”

No dia 18 de agosto, o Sporting comunicou oficialmente à CMVM a conversão em ações da SAD da totalidade dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) recomprados ao Millenium BCP, e, esta terça-feira, Francisco J. Marques considerou que tal operação é “doping financeiro”, criticando a relação dos leões com a banca.

“É um tratamento de favor e benefício inaceitável e incompreensível. Um destes bancos, o Novo Banco, tem tido apoio dos impostos de todos os portugueses. Estamos todos a ajudar o Sporting e nós não temos interesse em ajudar o Sporting porque não somos sportinguistas. Há uns tempos todo o país percebeu em que águas navegava o Benfica, com atividades ilegais que permitiam que o Benfica tivesse doping competitivo. Agora estamos perante doping financeiro a favor do Sporting. É contra estes dois rivais que o FC Porto se bate e que na maior parte das vezes ganha. O que só engrandece o desempenho dos nossos jogadores, treinador e presidente. Ofereçam 105,5 milhões de euros e o FC Porto vai ter uma equipa ainda mais competitiva e adquirir jogadores com mais potencial. Isto adultera a verdade desportiva”, referiu o diretor de comunicação do FC Porto, no programa ‘Universo Porto da Bancada, do Porto Canal.

A questão do tempo útil de jogo, que foi alvo de reparo por parte de Sérgio Conceição no final do jogo com o Rio Ave, também esteve em destaque no programa. “É um dos problemas estruturais do futebol português, os jogos terem pouco tempo útil de jogo. É motivo de natural preocupação de todos que queiram um campeonato competitivo e interessante para ser vendido lá para fora”, começou por dizer Francisco J. Marques, completando: “A 1ª parte teve 45 minutos de jogo, sem descontos, e teve 27 minutos de tempo útil, 60 por cento. Na 2ª parte, que teve 53 minutos, houve apenas 29 minutos de tempo útil, 55 por cento. Teve menos do que teve a 1ª parte. Muitas paragens, apesar de ter tido 8 minutos de compensação. Entre os 51 e os 61 minutos de jogo jogaram-se apenas 4. Entre os 70 e os 83 jogaram-se 7. Só aqui já vamos em 12 minutos desperdiçados, ao qual acresce todas as substituições, que agora, segundo o Internacional Board, deve dar-se 40 segundos por cada uma feita. Houve muitas paragens, muitas quebras. É uma arma sistematicamente utilizada pelos adversários do FC Porto. É verdade que nem foi dos casos mais graves, mas o Sérgio Conceição nem sequer usou isso como desculpa. Assumiu a responsabilidade e o que disse foi de alguém que se preocupa com o futebol português. Não podemos perseguir quem luta para que os jogos tenham mais tempo útil.”

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