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Eis o que diz a auditoria do FC Porto sobre os polémicos negócios com o Portimonense

A auditoria forense ao FC Porto, recentemente divulgada, destaca várias operações de mercado realizadas com o Portimonense, identificando a ausência de suporte documental para justificar as decisões de aquisição, alienação ou saída de jogadores.

O relatório aponta valores de compra significativamente acima da avaliação de mercado e perdas financeiras consideráveis em negócios subsequentes.

Casos destacados pela auditoria

Gleison

Compra: 50% dos direitos económicos adquiridos em abril de 2016 por 1 milhão de euros, quando o valor de mercado era de 75 mil euros.

Venda: Os mesmos 50% foram vendidos ao Portimonense, em junho de 2019, por 100 mil euros, apesar de o jogador estar avaliado em 600 mil euros.

Musa Yahaya

Compra: 45% dos direitos económicos adquiridos em janeiro de 2019 por 750 mil euros, enquanto o jogador era cotado em 25 mil euros.

Saída: Deixou o clube a custo zero, já avaliado em 300 mil euros.

Wilson Manafá

Compra (1.ª fase): 60% dos direitos adquiridos por 3 milhões de euros, quando o valor global do jogador era de 1,25 milhões de euros.

Compra (2.ª fase): Os restantes 40% foram adquiridos por 4 milhões de euros, em janeiro de 2021, quando o jogador era avaliado em 5,5 milhões de euros.

Saída: Manafá saiu a custo zero, em junho de 2023.

Samuel Portugal

Aquisições sucessivas:

20% dos direitos adquiridos por 1 milhão de euros em setembro de 2022.

Mais 35% comprados por 1,5 milhões de euros em dezembro do mesmo ano.

Nova aquisição de 35% por 1,5 milhões de euros em agosto de 2023.

Valor de mercado: Avaliado em 1,5 milhões de euros no momento das operações.

Situação atual: O guarda-redes ainda não realizou qualquer jogo oficial pelos dragões.

Rui Costa

Compra: 50% dos direitos económicos adquiridos em julho de 2018 por 1,5 milhões de euros, enquanto o valor total do jogador era de 750 mil euros.

Saída: Deixou o clube a custo zero, em setembro de 2020.

Conclusões e impacto

A auditoria destaca um padrão de operações que, em muitos casos, resultaram em perdas financeiras significativas, questionando a racionalidade por detrás das decisões. Este conjunto de negócios levanta dúvidas sobre a gestão dos recursos financeiros do clube e a relação com o Portimonense, sendo agora alvo de análise crítica por parte dos adeptos e observadores.

Estes casos poderão contribuir para um debate mais amplo sobre a gestão desportiva e financeira no futebol português, num momento em que o FC Porto enfrenta desafios significativos, tanto desportivos como económicos.

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