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Detalhes inéditos do alegado aliciamento a jogador do Chaves para beneficiar o Sporting

Francisco José Carvalho, presidente da SAD do Chaves, revelou que Leandro Freire comentou com os dirigentes de que havia alvo de uma tentativa de aliciamento antes dos jogos com o Sporting em 2017.

“Comentou connosco e com a equipa técnica. Mantivemos a confiança total no nosso jogador e não demos muita importância à situação“, em declarações ao diário desportivo O Jogo.

Recorde-se que o Tribunal de Instrução Criminal do Porto decidiu levar três arguidos a julgamento: os empresários Paulo Silva e João Gonçalves e o ex-funcionário do Sporting Gonçalo Rodrigues. Todos eles serão julgados por corrupção ativa, no âmbito do processo Cashball.

Paulo Silva terá tentado corromper Leandro Freire, a mando de Gonçalo Rodrigues. A ideia era que o então jogador do Chaves, que atualmente representa os japoneses do Gifu, facilitasse na marcação de Bas Dost de forma a que o holandês “desenvolvesse livremente as jogadas”.

Em troca, o jogador receberia 25 mil euros, mas a oferta foi prontamente recusada.

As equipas enfrentaram-se, registando-se um empate a duas bolas para a I Liga com dois golos de Bas Dost. Posteriormente houve um jogo para a Taça de Portugal em que os flavienses acabaram eliminar os leões, sem os golos do holandês.

Francisco José Carvalho garante que a honestidade de Leandro Freire nunca foi colocada em causa.

“De maneira nenhuma, aliás, ele fez dois grandes jogos e até acabou por ser vendido para o Japão precisamente como resultado do que fez nesses jogos. Eu estava em estágio, ele disse-nos o que se tinha passado e esclareceu o que tinha acontecido“, referiu.

O dirigente dos flavienses revelou ainda a conversa que teve com Freire.

“Contou que lhe tinham ligado para tentar prejudicar o Chaves, para facilitar o jogo, como ele era central… Não falou em pormenores. Como era mesmo no dia do jogo. Acreditámos na palavra do jogador, foi sincero connosco. Na altura, não demos grande importância a isso. Aliás, os jogos correram-nos bem. Não sabíamos quem tinha ligado para ele, não sabíamos as coisas ao pormenor e não ligámos“, disse.

Francisco José Carvalho reiterou a idoneidade do jogador.

“Nunca mais houve nada. Entretanto o Chaves está a acompanhar o processo. Ele foi tão sincero connosco… Conhecemos a personalidade do Freire e confiámos nele, como é óbvio. Caso contrário não nos contaria nada. Se ele não fosse sincero, nós só saberíamos depois“, concluiu.

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