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Benfica não quis seguir exemplo do Sporting

A pré-época prossegue. O Sporting tentou ser tão cirúrgico no mercado quanto nas épocas anteriores, mas esbarrou na resistência ateniense na venda de Ioannidis. Apesar disso, tudo parece novamente, desde a chegada de Amorim, bem estudado e planeado, e mesmo a inesperada saída do capitão Coates abre perspetivas de melhoria do setor, em contraciclo com a afinação das principais armas dos rivais. Se a primeira fase de construção dos campeões já tinha sido difícil de travar por parte de Benfica e FC Porto, a troca do uruguaio pelo belga Debast, com St. Juste e Quaresma ainda na sombra, facilitará até a saída pelo meio das ondas de pressão contrária.

 

Já na situação do ponta de lança e no reforçar do grupo com um extremo-esquerdo destro, as coisas apresentam-se mais demoradas, sobretudo numa perspetiva de aumento profundidade do plantel, ainda mais necessário desde a venda de Paulinho. Se o 11 habitual não está em perigo, nas últimas semanas voltou-se a falar de Gyokeres e é esse o perigo que obriga o Sporting a não desistir do grego, seja numa perspetiva de segurança imediata ou mesmo na do fortalecimento durante, pelo menos, nos próximos meses, em busca de um ataque ainda mais demolidor. Em número ou até na frescura dada por eventual rotação.

 

Depois de um título que eleva o clube ao estatuto de maior favorito a nova conquista ainda sem a bola rolar, nada se poderá apontar ao caminho traçado, que até parecia dar à equipa maior segurança no ataque às diversas frentes. Falta-lhe apenas fechar os negócios em curso ou então encontrar situações alternativas.

 

Do lado de Benfica e FC Porto, existem bons sinais, embora, na verdade, não tenham sido realmente testados. Nos encarnados, num contexto mais exigente, apertaram-se as malhas da pressão e reação à perda, e aumentou-se o poder de fogo. Daí, Pavlidis, Marcos Leonardo como segundo avançado, Aursnes a interior e Florentino e Leandro Barreiro juntos.

 

Ainda há situações que derivam da falta de confiança, como na eliminação do espaço atrás dos médios, com uma última linha mais subida ou através de encurtamentos, que deverão chegar com os jogos. Todavia, à exceção da boa resposta, ainda por falta de comparência de António Silva e Otamendi, dada por Tomás Araújo, as águias não seguiram os passos do rival de Alvalade e permanecem, em teoria, pressionáveis e ainda lentos na cobertura da profundidade. E os próximos adversários poderão expô-lo. Aguardemos.

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