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António Silva e os jogos mais marcantes no Benfica: «Foi uma adrenalina que nunca tinha sentido antes

A conversa entre António Bastos Lopes e António Silva no novo episódio do Mística a Dois centrou-se nos 100 jogos do central pelo Benfica, marca atingida no último sábado diante do Gil Vicente. O antigo defesa quis saber como o atual titular das águias se sente por ser o mais jovem deste século a atingir a centena de desafios pelo clube. “Eu sabia que, antes do jogo, iria ser o primeiro, mas era algo que nunca pensei que fosse possível concretizar. Tinha o sonho, sim, de jogar na equipa A do Benfica. Agora de chegar aos 100 jogos… Era algo muito longínquo e que teria de ter muito trabalho envolvido. Felizmente consegui fazê-lo e, com 20 anos, ser o mais jovem de sempre neste século a fazê-lo é um motivo de orgulho para mim”, referiu, sorridente.

 

Questionado sobre qual seria o jogo mais especial, António Silva foi rápido na resposta. “Lembro-me da minha estreia, que foi no Bessa [3-0, 27/8/2022]. Era algo que eu já estava mais ou menos à espera, na altura, que pudesse acontecer devido às lesões no plantel. O jogo que mais me marcou… Individualmente é capaz de ter sido o jogo com o Paris Saint-Germain [1-1, 5/10/2022]. Deve ter sido o meu quinto ou sexto jogo no Benfica, em casa. Mas acho que aquele em que eu senti mais aquilo que era o Benfica, e que era realmente o sentir Benfica, foi com o Sporting, no golo do João [Neves] no último minuto [2-2, 21/5/2023]. Naquele do Braga [1-0, 6/5/2023], no ano em que fomos campeões, também senti uma adrenalina dentro de mim que nunca tinha sentido antes”, recordou com um brilho no olhar.

Depois de ter trabalhado com António Silva nas camadas jovens das águias, António Bastos Lopes quis saber mais. “Vi-te crescer no centro da defesa nas várias camadas jovens, tinhas muitas aptidões para a idade que tinhas. Em que tipo de central sentes que te tornaste e em que aspetos achas que podes crescer?”, perguntou, ao que o jovem respondeu com humildade. “Principalmente no meu primeiro ano, foi muito perfeito para mim e estava a precisar de sentir também alguma dificuldade porque a vida traz-nos dessas coisas. Nem sempre é um mar de rosas. Mas como jogador sinto que posso melhorar também naquilo que é o jogo aéreo, também defensivo. Eu olho muito para o Nico [Otamendi], que é um jogador que ganha muitos duelos aéreos. Depois as coisas vêm com a consistência, com as vivências e vou melhorando também a partir daí”, afirmou.

 

Autor de 8 golos ao longo dos 100 jogos disputados, António Silva considera que “é uma boa média”. “Claramente que podiam ser mais. Acho que na primeira época fiz muitos. Fiz, se não me engano, cinco. São bons números, e acho que ainda os posso aumentar nos próximos jogos”, frisou, pensando num melhor aproveitamento das bolas paradas. “Sim, sem dúvida. Aumentar os meus números de golos. Acho que valoriza também muito aquilo que é um defesa central”, afirmou.

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