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A mensagem dos jogadores a Amorim após a goleada sobre o Man. City

Uma goleada retumbante, arrebatadora, épica. Diante de um colosso, Manchester City, na maior prova europeia de clubes. Era difícil pintar um melhor quadro para a despedida de Rúben Amorim de Alvalade. Tudo foi perfeito. E Amorim, tal como havia prometido, pela primeira vez em quatro anos e meio, no final, deu a volta de honra ao estádio, aclamado pelos adeptos, antes de ser três vezes erguido aos ares pelos jogadores. Seguiu-se uma humilde vénia a todos aqueles que catapultaram o técnico para outros voos. Ninguém em Alvalade arredou o pé e todos agradeceram a glória que o treinador ofereceu nos últimos anos aos leões.

Depois do choque nos últimos dias, com o anúncio oficial da mudança para o Manchester United — que motivou uma reação por parte do capitão Hjulmand, que abordou o técnico por sentir o grupo demasiado nervoso e ansioso —, Amorim teve uma franca conversa com todo o plantel, que compreendeu (e aceitou) a decisão da saída de Alvalade.

Momento de união que, sabe A BOLA, não ficou por aqui. Na conversa que se seguiu foi reforçado o empenho e compromisso de todos para o que resta da temporada mas, também, a ambição de todos os jogadores na conquista do título como forma de retribuição a um crescimento não só em termos coletivos como individual de muitos jogadores que atingiram o patamar máximo das carreiras sob o comando do treinador leonino.

Uma ideia bem vincada pelo grupo numa despedida calorosa, em plena sintonia, logo após as emoções fortes vividas em pleno relvado de Alvalade. Hjulmand, capitão de equipa, meio a brincar, meio a sério, disse em tom de brincadeira, antes do duelo com os citizens, que o plantel pretendia mostrar que não «precisava de Rúben Amorim» e a realidade é que essa também é uma ideia que está bem viva na mente de todos os jogadores neste novo ciclo que se abre a partir de segunda-feira. E, claro está, oferecer uma vitória ao treinador, naquela que será a sua despedida oficial, no próximo domingo, em Braga, local especial de onde transitou para os leões.

A goleada, por 4-1, sobre o Manchester City teve enorme eco, obviamente, em terras inglesas e por toda a Europa. «Manchester, aí vou eu», «próximo treinador do Manchester United reduz City a farrapos», «o novo Special One» e «talvez Rúben seja o novo Sir Alex» são alguns dos títulos britânicos, mas também em Espanha os leões foram grandes. «Amorim e Gyokeres devoraram Guardiola e Haaland», lê-se na Marca, enquanto em França a RMC Sport atirou: «Presente de despedida de Amorim embrulhado por Gyokeres.»

«Só trabalhei com ele três meses, mas foi fantástico. Tenho muito respeito por ele. Foi fantástico termos vencido para ele. É um treinador fenomenal, mas como os jogadores há transferências de treinadores e a equipa está toda feliz por ele.»

«Vai ser difícil dizer adeus ao mister. Estamos tristes porque ele vai sair, é verdade, mas merecia acabar assim em Alvalade. Ainda falta um jogo importante em Braga, mas merecia uma despedida destas, sem dúvida.»

«Gratidão é a palavra que tenho para ele. Foi um pai para mim. E acreditou em mim quando mais ninguém acreditava. Ficamos tristes pela saída, mas sabemos que é o futebol. E uma oportunidade destas não se pode perder. Estamos felizes por ele.»

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