FC Porto

A enervação com Taremi e a dedicatória da final: tudo o que disse Sérgio Conceição

– Foi um jogo típico de uma final, um jogo muito competitivo, com o Sporting mesmo em inferioridade numérica a dar boa réplica. Aliás, o jogo até se tornou mais complicado para nós, o que é natural, com o baixar das linhas, com menos espaço que teríamos se estivessem com 11. Faltou-nos algum discernimento, o que é natural numa equipa jovem que queria muito ganhar este título. O Sporting criou-nos algumas dificuldades nas bolas paradas, mas foi uma vitória muito justa da nossa parte.

– Dediquei a taça à minha família, porque são muitas horas no FC Porto e normalmente quem paga é a família, que está sempre em dificuldade, porque queiram um pai mais presente. Não queriam ouvir tantas vezes algumas opiniões que fogem à verdade… Foi o ano mais difícil destes 7 anos, pelo que não fizemos no campeonato. Houve alguma imaturidade, mas os jogadores tiveram uma dedicação incrível. Tomei decisões que… sofri com elas. Mas tinha de meter a equipa em primeiro lugar.

– Desejo-lhe as maiores felicidades do mundo, para ele e a família. O Taremi enervou-me muito nestes quatro anos, principalmente nos treinos. Tem uma forma de trabalhar que é muito dele. É muito profissional, mas uma forma algo relaxada, às vezes. Evernou-me muito, levou muitas duras a sério. Mas consegui tirar o melhor do Taremi, mesmo numa situação que não é fácil. Quando soube da saída dele para Itália, a opinião dos adeptos não era a melhor. Eu sempre acreditei nele. Não é o contrato que faz o treinador ou o jogador, é a postura que se tem. Se ele trabalhasse até ao último dia iria, como outros que também saíram na mesma situação, jogar até ao último dia. Há quem tenha contrato de longa duração e se calhar vai sair também no fim da época. Até terminar a época e tendo contrato, tínhamos de aproveitar a qualidade do Taremi.

– Sou extremamente competitivo, desde miúdo lutei pelos meus objetivos. Sou de famílias extremamente humildes, vim de uma aldeia ali perto de Coimbra… Houve pessoas importantes na minha vida mas ninguém me deu nada de borla. Tive sempre de lutar muito pelos meus objetivos, no fundo. Sou muito exigente comigo próprio. Não quer dizer que não tenha havido momentos em que mereci ser expulso. Hoje foi uma resposta a uma pergunta que o Eng. Luís Gonçalves fez ao fiscal de linha ou ao árbitro. A expulsão deveu-se a eu ter saído da área técnica. Numa final, os treinadores saem uns metrinhos da área técnica… Se acho justo? Não acho. Para mim é triste e desgastante também, porque de certeza que vão falar da minha expulsão. Não pude acabar a época com os meus jogadores, no sítio que gosto que é o banco.

– Depois de ganhar uma taça, é normal. Como são muito apaixonados, vivem muito do sucesso do clube, é normal que um ou outro, no estádio, dissesse isso. Mas de certeza que um ou outro estava a criticar nas redes sociais. Não é por aí que tomo as minhas decisões, muito sinceramente.

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