Nacional

Ministro diz que aceitaria demissão do reitor da Universidade do Porto, que acusa de mentir

O mais alto representante de uma das mais importantes instituições de educação do nosso país mentiu”

O ministro da Educação manifestou esta sexta-feira “enorme desilusão” face ao reitor da Universidade do Porto, que acusou de mentir sobre alegadas pressões para aceitar candidatos ao curso de Medicina, e disse que aceitaria a sua demissão.

“Quero começar por dizer, de forma muito clara, que o senhor reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, mentiu. O mais alto representante de uma das mais importantes instituições de educação do nosso país mentiu”, afirmou Fernando Alexandre no início de uma conferência de imprensa.

A conferência de imprensa tinha sido agendada para apresentar as medidas aprovadas na quinta-feira pelo Conselho de Ministros para o setor da educação, mas o governante começou por responder a uma polémica relacionada com o mestrado integrado em Medicina da Universidade do Porto.

Em causa está uma notícia do jornal Expresso, a quem o reitor daquela instituição denunciou ter recebido pressões de várias pessoas “influentes”, sem querer adiantar nomes, para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no curso especial de acesso para licenciados noutras áreas.

O assunto, escreve o Expresso, chegou ao ministro da Educação, que ligou ao reitor a manifestar disponibilidade para que se criassem vagas extraordinárias de modo a que estes alunos (que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no concurso especial de acesso para licenciados em outras áreas) tivessem lugar na Faculdade de Medicina.

Sublinhando que o problema foi criado pela própria Universidade, através da Faculdade de Medicina, Fernando Alexandre afirmou na conferência de imprensa que foi o próprio reitor a contactar o ministro.

ministro da Educação deixou duras críticas a António Sousa Pereira, manifestando “enorme desilusão” e disse mesmo que aceitaria um pedido de demissão do dirigente, se este a apresentasse.

“Eu confesso que não pensava que algum dia, nestas funções, ouvisse um dirigente máximo de uma instituição de ensino superior a mentir como o reitor do Porto fez”, afirmou.

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