FC Porto arrasa Benfica e Sporting após funeral de Pinto da Costa

O FC Porto emitiu esta segunda-feira um comunicado a lamentar a falta de mensagens de solidariedade por parte de alguns clubes portugueses após a morte de Jorge Nuno Pinto da Costa.
Sem mencionar diretamente nomes, a crítica parece ser dirigida sobretudo a Benfica e Sporting, que até ao momento não enviaram qualquer nota oficial sobre o falecimento do antigo líder portista.
“O FC Porto agradece as inúmeras mensagens de solidariedade com a família portista pela dor provocada pela morte do seu Presidente Honorário Jorge Nuno Pinto da Costa, que recebeu dos mais variados quadrantes, entre clubes nacionais e internacionais e as mais altas instâncias governamentais e desportivas. O FC Porto não esquecerá todos aqueles que, de forma natural e com urbanidade, optaram por deixar uma palavra de conforto e solidariedade institucional neste momento de consternação e dor”.
No entanto, os dragões não esconderam o desagrado com o silêncio de algumas direções rivais, considerando-o “indigno” e prejudicial para o futebol português.
“Da mesma forma, o FC Porto regista a ausência de um cuidado semelhante por parte da direção de alguns clubes, indigno das instituições que representam, revelando-se incapazes de cultivar princípios elementares de relacionamento institucional, razoabilidade e bom senso – valores fundamentais para o desenvolvimento do Desporto Português e para a boa relação entre clubes. Dessa ferida que agora se abre, perde o futebol português e perdem sobretudo os seus adeptos”.
Mensagem final com referência a um poema
No encerramento da nota, o FC Porto aproveitou para reforçar que continuará a lutar dentro e fora do campo, deixando ainda uma referência ao poema “Cântico Negro”, de José Régio, um dos favoritos de Pinto da Costa:
“O FC Porto continuará a ganhar dentro e fora do campo. Outros – por medo, insegurança ou sobranceria – continuarão a acumular derrotas. Jorge Nuno Pinto da Costa deixou-nos muitas lições e, num dos seus poemas preferidos, indicou-nos o caminho: ‘Sei que não vou por aí!’”.