Reviravolta do FC Porto na Supertaça é um oásis no deserto
A reação do FC Porto a uma desvantagem voltou a ficar curta. Ainda que no clássico com o Sporting se possa explicar com a falta de tempo para atacar o triunfo após a obtenção do golo do empate (90’+4’), a verdade é que os dragões parecem ter perdido o dom de dar a volta ao resultado, quando no passado o faziam com alguma regularidade.
Incapacidade para dar a volta a um resultado ficou mais evidente no início de 2025: em sete encontros, o melhor que o FC Porto logrou foram três empates. Isto, quando em 2023/24 virara nove jogos.
Em 2018/19, por exemplo, lograram-no em dez ocasiões. Na época passada, em nove. Esta temporada, porém, só foram capazes de o fazer por uma vez e foi logo a abrir. A Supertaça Cândido de Oliveira surge como um oásis – e mesmo assim só aconteceu no prolongamento – neste deserto de 13 jogos em que os azuis e brancos permitiram ao adversário marcar primeiro e acabaram sem o desfecho desejado – nos restantes, somaram cinco empates e sete derrotas.
Esta incapacidade do FC Porto ficou ainda mais evidente neste começo de ano. Em oito jogos realizados, os azuis e brancos começaram a perder em sete e o melhor que conseguiram foram três empates: com o Sporting, o Rio Ave e o Santa Clara.
13 jogos em que o FC Porto sofreu primeiro: Sporting (quatro vezes), Benfica, Gil Vicente, Nacional, Rio Ave, Lázio, Olympiacos, Santa Clara, Famalicão e Manchester United
Curiosamente, foi já no período pós-Vítor Bruno. Com o ex-treinador, os dragões tinham perdido com os leões (Taça da Liga), o Nacional e o Gil Vicente, sendo o desaire com o Olympiacos já da responsabilidade de José Tavares. Na única vez em 2025 que os portistas não permitiram ao adversário faturar primeiro, com o Maccabi Telavive, na estreia de Martín Anselmi no banco, ganharam. Por isso, a receita para o sucesso no futuro talvez esteja aí: ser o primeiro a marcar.
