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Mexicanos tentam dificultar a vida de Anselmi no FC Porto: detalham condições do contrato no Cruz Azul

A ESPN detalhou a alegada cláusula 16 do contrato de Martín Anselmi com o Cruz Azul, na qual são estabelecidas as condições para a rescisão de contrato caso chegasse uma oferta de trabalho que o técnico pretendesse aceitar. Ora, de acordo com a ESPN, a cláusula 16 do contrato assinado por Martín Anselmi com o Cruz Azul não fala em clubes “Classe A” para ativar a cláusula de rescisão, estabelecendo sim que “se um clube um clube da Primeira Divisão de Espanha, ou as seleções principais de Espanha, México ou Argentina queiram contratar Martín Alselmi durante a temporada 2024/25 o pagamento deve ser três milhões de dólares mais o IVA correspondente a 16 por cento (3,48 milhões de dólares), dinheiro a depositar de forma integral nas contas bancárias do clube”.

Composta por quatro alíneas, a cláusula 16 do contrato assinado a 29 de abril de 2024, estabelece que para as equipas afiliadas na Federação Mexicana de Futebol e os clubes estrangeiros que pertençam a um grupo empresarial do futebol mexicano, a cláusula de rescisão é fixada em seis milhões de dólares mais IVA (6,96 milhões de dólares).

Enquanto que para as restantes equipas e seleções nacionais do mundo, “a cláusula de rescisão foi estabelecida em cinco milhões de dólares (5,8 milhões de dólares com o IVA)”, de acordo com a ESPN. O Cruz Azul entende, por isso, que é nesta alínea que o FC Porto se inclui.

Além disso, a ESPN garante que os mexicanos receberam diferentes propostas do FC Porto, que foram recusadas por serem consideradas “demasiado baixas”. A primeira terá chegado na terça-feira da semana passada, e era de 1,5 milhões de dólares, a pagar em duas prestações. A primeira até 60 dias da assinatura do contrato do treinador com os dragões, a segunda um ano depois. Esta proposta, garante aquela televisão, incluía ainda o empréstimo por seis meses sem encargos (além dos salários) de Gabriel Verón, com uma opção de compra de 10 M€. Caso esta não fosse acionada, o FC Porto pagaria 250 mil ao Cruz Azul em julho. Foi ainda colocada em cima da mesa a realização de um jogo particular entre os dois clubes, a realizar no México ou Estados Unidos, com a receita de bilheteira a favor do Cruz Azul. Caso não fosse aceite esta alínea, o FC Porto pagaria outros 250 mil euros, totalizando dois milhões de euros.

O Cruz Azul terá respondido a essa oferta no mesmo dia, apontando para os cinco milhões de dólares, mais IVA, que consideram ser o valor a pagar pela rescisão do técnico, mostrando-se disponível para negociar prazos de pagamento mais alargados.

O FC Porto, sempre de acordo com a ESPN, enviou uma nova proposta em que oferecia 2,1 milhões d dólares em duas prestações, incluindo ainda uma verba extra por objetivos: 250 mil euros se Anselmi apurasse o FC Porto para a próxima edição da Liga dos Campeões, assim como na edição seguinte.

O Cruz Azul não terá respondido a esta segunda proposta, mas o diretor-desportivo, Iván Alonso, terá comunicado ao FC Porto que o treinador “podia ir desde que fosse paga a cláusula de rescisão do contrato”. Os responsáveis azuis e brancos terão, então, manifestado a intenção de pagar três milhões de dólares (mais IVA), mas o Cruz Azul não aceitou por entender que tem de receber cinco milhões de dólares.

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