Volte-face inesperado na AG para expulsar Fernando Madureira
A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) do FC Porto, marcada para este sábado, viu suspensas as votações relacionadas com a expulsão de Fernando Madureira, da sua mulher, Sandra Madureira, e de outros dois associados, Vítor Catão e Vítor Aleixo.
A decisão surge na sequência de justificações apresentadas pelos visados, cujas ausências foram consideradas justificadas devido a medidas de coação judiciais.
Justificação estatutária
De acordo com os estatutos do clube, especificamente a alínea 6 do artigo 59.º, a AGE não pode deliberar sobre assuntos que envolvam associados ausentes, o que levou ao adiamento das sanções relacionadas com os arguidos. Estes casos poderão ser retomados após o desfecho judicial da Operação Pretoriano, em curso no Tribunal de S. João Novo.
Sanções em análise
Apesar da suspensão das votações para os quatro associados mencionados, a AGE vai deliberar sobre as sanções aplicadas a:
Fernando Saúl de Sousa: Pena de suspensão de seis meses;
Manuel António Pinheiro de Barros (“Manuel do Bombo”): Também alvo de suspensão de seis meses.
Ambos podem ser acompanhados por advogados durante a sessão, conforme o despacho do Presidente da Mesa, António Tavares.
Operação Pretoriano e impacto no clube
A Operação Pretoriano envolve um conjunto de acusações relacionadas com atividades de elementos da claque Super Dragões e outros associados do FC Porto. Os casos abrangem questões de danos reputacionais e financeiros ao clube, com a SAD azul e branca já a avançar com pedidos de indemnização civil que totalizam cinco milhões de euros.
Próximos passos
Os restantes casos ficarão em suspenso até que haja desenvolvimentos judiciais, sendo que uma nova AGE poderá ser convocada no futuro para dar continuidade ao processo disciplinar.