João Pereira reage à polémica arbitragem do Sporting-Sta Clara

Após a derrota do Sporting diante do Santa Clara, João Pereira foi confrontado com o facto de os leões se apanharem a perder nas primeiras partes, desde que assumiu o comando técnico.
“São jogos completamente diferentes, a verdade é que não entrámos mal, a controlar, também sabíamos que eles nos iam dar o controlo do jogo. Não criámos grandes oportunidades até aquele pontapé de baliza que dá golo deles, depois tentámos com gente fresca e a bola começou a entrar mais, com mais faltas, mas faltou eficácia e também criar muito mais oportunidades do que fizemos hoje”, afirmou.
Apesar das queixas dos jogadores do Sporting, o treinador leonino recusoiu tecer comentários sobre a arbitragem de Cláudio Pereira e não se escondeu perante o facto de a equipa estar a falhar muitos passes.
“O que senti é que temos de fazer mais para ganhar. Não falo de arbitragem, já bastou quando era jogador e não volto a cometer esses erros. Sim, contra cinco defesas e quatro médios tentámos meter espaço entrelinhas, algumas vezes a forçarmos o passe e falhámos alguns. Depois quando acelerámos por fora eles complicaram e também sabíamos que eram muito competentes em termos defensivos, mas falhámos alguns passes e técnicas que temos de melhorar”, referiu.
João Pereira procurou explicar as mudanças que operou no onze.
“Como já disse, metemos dois centrais para darem mais velocidade ao jogo, também com grande qualidade técnica. O [Gonçalo] Inácio, viram o passe que ele fez ao Maxi [Araújo] no lance que podia dar penálti. O St. Juste, também rápido, foi para preparar a transição e o Zeno [Debast] também veio de lesão e estava cansado, foi por isso”, disse.
Por último, o treinador do Sporting foi questionado sobre se haveria eventuais problemas no sistema tático, dadas as dificuldades da equipa em penetrar o bloco baixo do Santa Clara.
“Não sei se já era problema, o Sporting vinha de 11 vitórias seguidas e também jogou contra blocos baixos como o Casa Pia, que jogou com uma linha de seis. Podíamos ter feito um ou dois golos, lembro-me do remate do Gyokeres, do Matheus Reis, do Geny… se uma dessas bolas entra e marcamos primeiro do que o Santa Clara, de certeza que iríamos ficar menos intranquilos e eles iriam abrir-se mais. Isso não aconteceu e temos de trabalhar, temos de conseguir penetrar em blocos baixos e fazer golos”, concluiu.