Saída de Amorim do Sporting? Blakov atira: não ficou surpreendido
O Sporting de Rúben Amorim está a protagonizar um início de temporada histórico este ano, com oito vitórias em oito jogos, igualando o impressionante arranque da equipa de 1990/1991. Este feito coloca os leões na rota de quebrar o recorde de 11 triunfos consecutivos nas primeiras jornadas, estabelecido pelo Sporting de Marinho Peres. Com 27 golos marcados e apenas dois sofridos, a equipa atual já ultrapassou os arranques de 1947/1948 e 1950/1951, temporadas em que tinha sete vitórias consecutivas. Para Krasimir Balakov, antigo médio leonino, o objetivo agora é claro: “É o passo que o Sporting tem de dar: ser primeiro sempre!”.
Balakov, que fez parte do histórico plantel de 1990/1991, recordou a sua chegada ao Sporting, vinda do Etar Tarnovo da Bulgária, já com a temporada em andamento. Integrar-se na equipa não foi fácil, principalmente pela necessidade de aprender português e adaptar-se ao novo contexto. “Nessa altura, o treinador era Marinho Peres e no início ele veio ter comigo para uma conversa e explicou-me que primeiro tinha de me integrar, aprender o português e por isso foi um pouco difícil para mim”, confessou, em entrevista ao jornal A Bola. Contudo, depois de dois jogos no banco de suplentes, conquistou a titularidade e não voltou a sair do onze inicial. Ao longo daquela época, o médio participou em 22 jogos e marcou oito golos, destacando-se como uma peça chave no meio-campo leonino.
O leão dos Balcãs lembra que naquela época a equipa também começou em alta, mas acabou por perder fôlego e terminou em 3.º lugar, com 13 pontos de diferença do Benfica: “Agora, é diferente”, afirma o búlgaro, que vê um plantel muito mais sólido e preparado sob o comando de Rúben Amorim. “Com este treinador, o Sporting tem sucesso e já mostrou que pode ganhar títulos e trabalhar muito bem neste Clube”, elogiou o antigo jogador: “Não fico surpreendido se um dia [Rúben Amorim] sair do Sporting”.
Nos cinco anos em que vestiu a camisola verde e branca, Balakov participou num total de 168 jogos e marcou 60 golos, sendo considerado um dos grandes ídolos da década de 90. Apesar de o Clube não ter conquistado muitos títulos durante a sua estadia — apenas uma Taça de Portugal — o búlgaro ficou na memória dos adeptos pelo seu talento e dedicação.
Agora, Balakov acredita que a equipa está melhor preparada para lidar com a pressão. “O ambiente que se vive entre os jogadores, Rúben Amorim e a equipa técnica é espetacular”, destaca. Para o ex-jogador, o Sporting tem agora uma base vencedora e mais estofo do que nos anos 90, o que lhes dá uma maior consistência e capacidade para alcançar títulos importantes.