FC Porto

Cartão Vermelho


Pinto da Costa foi alvo de escutas telefónicas durante vários meses. A investigação seguiu-lhe os passos e até acompanhou um almoço com os empresários Pedro Pinho e Hernani Vaz Antunes. Procurador diz que houve desvio de fundos das duas sociedades

Dois dias depois de o juiz Carlos Alexandre ter decretado, a 10 de julho de 2021, as medidas de coação no processo “Cartão Vermelho”, um Porsche Taycan Turbo S estacionou no parque do restaurante “Dona Júlia”, em Braga, ao lado de um Mercedes Classe S 400D MATIC e de outra viatura da mesma marca, mas modelo inferior. Escondidos algures na estrada da Falperra, dois inspetores tributários registaram e fotografaram todos os movimentos dos quatro convivas: os empresários de jogadores Bruno Macedo e Pedro Pinho, o comissionista Hernâni Vaz Antunes e Vespasiano Macedo, advogado em Braga e pai de Bruno Macedo, um dos arguidos da Operação Cartão Vermelho.

O encontro entre os quatro foi descoberto pela Autoridade Tributária no próprio dia, 12 de julho de 2021, às 12:48h. Neste preciso momento, Pedro Pinho e Pinto da Costa falaram ao telefone. O empresário disse que tinha ido a Braga. O presidente do FC Porto questionou-o se iria “estar com Salvador”, ao que o empresário respondeu negativamente, dizendo ter ido almoçar com Bruno Macedo.

A operação de vigilância consta do processo “Cartão Vermelho” e, muito provavelmente, será incluída na segunda investigação do procurador Rosário Teixeira aos negócios do futebol, na vertente do FC Porto e do negócio dos direitos de televisão com a Altice, conhecida por “Prolongamento” e que o procurador Rosário Teixeira descreveu como um “saque de fundos” de ambas as sociedades para “proveito pessoal” de várias pessoas, incluindo administradores

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